segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Instituto Abrace participa de campanha internacional de sensibilização para a prematuridade


Em Pelotas acontece bate-papo, às 11h, com pais de bebês prematuros internados na UTI Neonatal e semi-intensiva do HU São Francisco de Paula

Comemorado todo dia 17 de novembro, o Dia Mundial da Prematuridade foi criado em 2012 para chamar a atenção para um problema que atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. No Brasil, 340 000 bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a 6 prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus.
Os problemas da prematuridade vão além do baixo peso. Um prematuro precisa de cuidados especiais em UTI, o que aumenta em três vezes o risco de morte e sequelas futuras para sua vida adulta. Por isso, o Instituto Abrace, ONG criada em 2006 para dar apoio a famílias cujos filhos estão em tratamento intensivo (UTI e home care) apoia, no Brasil, a campanha internacional da EFCNI para divulgar o assunto. A proposta é convidar mães para compartilharem suas experiências e mostrar que a prematuridade é uma questão de saúde pública e os cuidados vão além do ganho de peso.
PELOTAS - Em Pelotas o Instituto Abrace estará representada pela jornalista Gabriela Mazza, integrante da ONG, que estará conversando com os pais de bebês internados na UTI Neonatal e semi-intensiva do Hospital Universitário São Francisco de Paula. O bate-papo acontece às 11h e o objetivo é trocar experiências e apresentar aos pais o trabalho desenvolvido pelo Abrace, que nasceu a partir de experiências vividas por três mães e a constatação da necessidade de se ter informações sobre os prematuros. “Nossa intenção é ajudar as pessoas que se encontram nessa delicada e preocupante situação, mostrando que não estão sós e levando informações sobre o tema”, resume Gabriela.

EXAMES GRATUITOS - Com a proposta de reduzir esses números, a ONG também apoia uma iniciativa que tem como intenção diminuir esses números no país. Gestantes de todo o Brasil entre a 18ª e a 23ª semana já podem contar com um exame gratuito para detectar um dos principais riscos de parto prematuro: o encurtamento do colo de útero. A iniciativa faz parte de uma pesquisa científica que pretende entender as melhores formas de se evitar o nascimento prematuro no Brasil e no mundo. Além de evitar o nascimento prematuro de seu bebê, as gestantes participantes do estudo receberão acompanhamento ao longo de toda a gravidez e ainda contribuem com a pesquisa científica que pretende prevenir o problema no país.
Liderado pela Unicamp, o estudo “Progesterona e Pessário cervical para Prevenir Parto Prematuro ou Estudo P5” terá duração de dois anos e espera beneficiar 30 mil mulheres em todo o país. “Pouco se sabe sobre as situações que disparam o trabalho de parto. Quando notamos que há um encurtamento no colo do útero, sabemos que essa mulher está sob risco de parto prematuro”, explica o pesquisador da Unicamp responsável pela pesquisa, Dr. Rodolfo de Carvalho Pacagnella. “O objetivo do estudo é atuar antes que o trabalho de parto se desenvolva”, explica. Para acompanhar o comprimento do colo do útero e detectar riscos de encurtamento, o estudo P5 vai disponibilizar gratuitamente pelos próximos dois anos um exame de ultrassom específico em 17 hospitais espalhados pelo Brasil, todos vinculados ao Sistema Único de Saúde. Mulheres entre a 18ª e 23ª semana de gestação que aceitarem participar da pesquisa podem realizar o ultrassom transvaginal para medir o colo do útero e identificar alterações que podem levar a um parto prematuro. Basta agendar o exame por meio do site: www.prevenindopartoprematuro.com.br.  A iniciativa também tem o apoio do Instituto Abrace.

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